O Novo Caráter em Cristo (Parte III)

        



Para quem ouve o Evangelho de Cristo e O aceita como único e suficiente Salvador; tem uma condição de novo nascimento assim como o próprio Cristo diz à Nicodemus no diálogo registrado no Evangelho de João 3.3-8; o nascer de novo é um do primeiros passos de uma nova vida em Cristo onde esse agora recém nascido cristão terá em sua caminhada. 

Todo aquele pois, que ouve estas minhas palavras e as pratica será comparado a um homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha;

e caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram com ímpeto contra aquela casa, que não caiu, porque fora edificada sobre a rocha.

E todo aquele que ouve estas minhas palavras e não as pratica será comparado a um homem insensato que edificou a sua casa sobre a areia;

e caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram com ímpeto contra aquela casa, e ela desabou, sendo grande a sua ruína. (Evangelho de Mateus 7.24-27).


Nesse momento em que se inicia a parábola dos dois fundamentos; Cristo já deixou bem claro, através do Sermão da Montanha, quais são os seus princípios a serem seguidos; Ele deixa nítido (ou assim deveria parecer) a antítese proposta pelas bem aventuranças (Evangelho de Mateus 5.3-11) contrastando com os "ais" (Evangelho de Mateus 23.13-31) advertidos por Cristo, deixando claro assim uma dualidade, devemos aqui ter o cuidado de não confundir com dois caminhos, mas sim, dois tipos de se viver e em um bom gerúndio, dois modos de vida que os ouvinte iam vivendo.

Jesus denota nessa parábola que ambos os homens citados são construtores; aqui temos dois homens representando dois grupos de pessoas; Jesus ao relatar a parábola está falando tanto com ouvintes prudentes quanto com ouvintes insensatos; ambos tipos de pessoas ouvem atentamente as instruções cada um dentro de seus respectivos modelos de vida pensando e analisando as palavras proferidas tentando encaixa-las em seus próprios pensamentos.

Os dois homens constroem; um sobre a rocha, o outro, sobre a areia; ambos sofrem com a tempestade, com o ímpeto dos ventos e com a força do rio; enquanto um permanece com sua casa edificada, o outro tem toda a sua construção em ruínas.

Jesus Cristo descreve sobre como o prudente construiu sua casa; sobre a prova ao qual ele foi estabelecido; o resultado dessa mesma prova e por qual razão este foi o resultado; da mesma forma, Jesus traça o mesmo plano racional ao descrever sobre como o insensato construiu sua casa; respeitando aqui todos os elementos já pré-estabelecidos: construção da casa; prova cometida; resultado ao fim dessa prova, razão para esse resultado.

Devemos prestar atenção à forma que esses construtores trabalham; da mesma forma, devemos compreender que as construções dessa época são totalmente diferente da época atual que são mais sólidas tanto em suas construções como seus locais construídos. 

        1.    As paredes das casas podiam ser facilmente furadas (Evangelho de Mateus 6.19);

        2.    Os tetos das casas por serem feitos de areia e palhar são facilmente abertos (Evangelho de Mateus 2.4; Salmos 129.6).
       
Com essas informações acima, podemos ver que toda a construção dependia muito de seu alicerce; os dois construtores sabiam disso e é verídico que ambos pensam em construir suas casas em um vale que contém o leito de um rio; que no caso, talvez por conta do estio, estava tão seco que aparentemente não se era oferecido nenhum tipo de perigo.

O homem prudente é precavido no que pode acontecer, sabe que o tempo de seca logo se acabará, por isso toa as devidas precauções; o homem sensato não vê dessa forma, como se o tempo de seca fosse durar por muito tempo, ou então, durar por um tempo possível de moradia para ele e sua família.
        

Em uma trágica tempestade, ventos repentinos são trazidos do mediterrâneo, uma imensa carga d'água atrás da outra, em consequência, o leito do rio já não se encontra mais seco e ele começa a encher-se de água repentinamente, primeiramente em um pequeno córrego sem qualquer profundidade de forma lenta, logo então a corrente se torna mais profunda e rápida ao ponto de ameaçar os suportes das paredes ou o que quer que seja em que a casa esteja se apoiando. Enquanto isso, em todo o tempo, o vento ocidental vem forte golpeando a parte superior da casa.

Os dois grupos de pessoas, a saber, os prudentes e os insensatos; ouvem as palavras (Evangelho de Mateus 7.24); porém apenas os prudentes as praticam, ou seja, obedecem, enquanto os insensatos até ouvem mas não as praticam (Evangelho de Mateus 7.26).

Assim também, todos nós que ouvimos o evangelho, sejamos sensatos ou insensatos; prudentes ou imprudentes; a crise ou a prova chega repentinamente em nossas vidas e muitas vezes na forma de tribulação. E ao analisarmos o contexto do Sermão da Montanha onde essa parábola é decorrente, percebamos o v.22, onde é dito, sobre o naquele dia nos dando como observação que em muitas vezes, mesmo que seja no juízo, esse dia não pode ser evitado.

Jesus ensina através dessa parábola de que o fundamento da felicidade do homem não vem de si mesmo, mas sim do próprio Cristo e em seus princípios. É sobre esse fundamento que todo homem e toda mulher devem edifica sua vida, inclusive, quando falamos de vida eterna.


Jesus é a rocha (pedra) que é informada a Pedro (Evangelho de Mateus 16.18), ou seja, o prudente entrega sua vida para Cristo; enquanto o insensato entrega à areia, que são fragmentos da rocha; contextualizando esse último ponto observamos que o insensato edifica sua casa em um Cristo fragmentado; um Cristo tirado do contexto de Sua própria Palavra; um cristo que não é Cristo.

O fim reservado àqueles que estão (se) construindo em um Jesus Cristo fragmentado é descrito no fim do sermão; é bem provável que Cristo quis orientar aos ouvintes que a reação de seus ensinos tem um significado por toda a eternidade.


        CONCLUSÃO

Podemos observar que o Sermão da Montanha é um estudo minucioso sobre como conviver com nossos semelhantes e da mesma forma, como fazermos para tentarmos sermos imitadores de Cristo. Tanto prudentes quanto insensatos estavam ouvindo a parábola; a pergunta que devemos nos fazer: Continuarei sendo prudente? Mudarei minha forma de vida e deixarei de ser insensato? Para o bom andamento de nossas vidas em Cristo Jesus o nova criatura (2 Coríntios 5.17) deve ser verdadeiro e que venha breve em nossas vidas.





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