A Subida (por Marcos Vinicius)

         

Um viajante está próximo de chegar ao seu destino. A viagem foi longa e cansativa com alguns pequenos obstáculos. Ele tem que chegar ao seu destino para poder cumprir a tarefa de vida consigo mesmo. Porém, já no fim, ele se deparou com uma montanha. Uma montanha íngreme e bem alta. Ela é tão alta que dá para perceber as crostas de gelo em seu cume, crostas geladas essas devido à baixa temperatura do ar que circula na altitude da montanha. Porém, o viajante precisa e necessita chegar ao destino, e mesmo que o único caminho seja mesmo esse ele começa a sua escalada. Os obstáculos dessa subida são superiores a todos os outros encontrados durante seu percurso. A subida é cansativa, a subida é pesada. A subida é desanimadora. 

Mas o viajante está convicto de que é isso a se fazer. A melhor escolha para ele é sim a subida. Se ele não conseguir subir a montanha, o desânimo pesará em sua vida. O não saber do que acontecerá diante da desistência é algo aterrorizador. O começo da subida é dificultoso pois existem pedras muito grandes a serem escaladas. Pedras ora lisas e molhadas, ora enrustidas. Passando-se pelas grandes pedras têm-se o meio da montanha. Talvez o lugar mais perigoso dela. Lá não há pedras grandes, molhadas ou enrustidas. Mas sim há pedras pequenas que se não tomar cuidado, apoiando-se nelas, seus pés podem se desprender e causando assim a queda do viajante o levando ao início da escalada, tendo que começar desde o princípio. 

Ainda, tem os buracos, buracos que são pequenos, mas escondem por baixo da terra fofa perigos onde podem prender seus pés os deixando à mercê dos animais que vivem nas montanhas como os iaques ou as panteras das neves. O viajante tem que tomar mais cuidado com as pedras pequenas e os buracos, que também são pequenos do que com os obstáculos do início da empreitada, pois esses perigos são insignificantes aos olhos nus, mas escondem perigos terríveis. O viajante continua sua jornada tentando chegar ao pico da montanha e reaver seu caminho. Mas enquanto isso toma muito cuidado com os perigos que lhe aguardam...


Há momentos em nossas vidas que passamos como a desse viajante, onde inesperadamente ele encontra em seu caminho uma montanha que está entre ele e seu destino. Com muitos obstáculos e uma escalada árdua o desânimo é tentador. Assim os obstáculos que enfrentamos também é bastante desanimador. Apesar de que no poema as pedras pequenas são o perigo mais iminente, a Bíblia nos diz: “Porque aos anjos dará ordem ao seu respeito; para te guardarem em todos os caminhos; eles te sustentarão pelas suas mãos, para que não tropeces com o teu pé em pedra” (Salmos 91.12). Deus te acolheu como um filho, e assim como um Pai sempre os protege (Salmos 91.2), àqueles que Ele ama (Evangelho de João 3.16), Deus colocará a sua verdade e o seu broquel em nossa defesa (Salmos 91.4) para que nenhum mal nos suceda. É dessa forma, assim como o viajante, que enfrentaremos os obstáculos de cabeça erguida. Não estamos mais sós, não precisamos mais enfrentar os nossos medos a partir de nós mesmos, assim como está escrito no Salmos 91.4 onde a verdade estará conosco, que é Cristo: “Eu (Jesus) sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim” (Evangelho de João 14.6). Amados, que Cristo esteja com vocês ao escalarem as dificuldades da vida. 

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